R: Bom novo só mesmo o Leo Kenzley que substituiu o Samuray logo após lançarmos Resurgence of Chaos, o Alexandre e Renan entraram depois de já termos gravado Timeline, mas não considero como novos membros, pois já estão na banda a mais de seis anos.
R: Resurgence of Chaos começou a ser criado no momento em que chegamos à conclusão que não dava mais para ficar sem um novo CD, muito tempo já havia passado da gravação do Timeline e já estava rolando certa pressão de todos neste sentido, inclusive de nós mesmos, já estávamos cansados de tocar o mesmo repertório hehehe...Então começamos a nos reunir para compor, mesmo sem saber como iriamos gravar e lançar este CD, pois não tínhamos grana e não estávamos mais na Salmus. Assim surgiram as primeiras canções: “Conviction” e “Simbols of The End”, tocamos elas em alguns shows para sentir como soaria ao vivo, as outras canções foram concluídas só mesmo após rolar o contrato com a Conspiracy, foi um processo muito legal, pois todos participaram na criação deste CD, conseguimos agregar novas influências que vieram com o Alexandre e Renan sem perder a identidade da banda, por isto mais uma vez foi produzido pelo Santiago que já havia produzido Timeline e conhece bem nosso som, acredito que conseguimos nosso objetivo com este novo trabalho.
R: Dentre muitas a maior foi mesmo quando o Marcos e o Marcone saíram e algum tempo depois o Bruno também saiu da banda só sobrando eu, substituir um membro já é complicado, todos então...A minha sorte é que meus amigos resolveram me dar uma força e no fim acabaram ficando oficialmente na banda.
4-E como essa bagagem influencia o som do Soul Fator?
R: Querendo ou não o tempo e as experiências da vida vão nos moldando e consequentemente isto reflete em muitas áreas de nossas vidas, e não é diferente com uma banda, mas acho que conseguimos lidar muito bem com isto, do Timeline para o Resurgence Of Chaos se passaram 10 anos o que é muito tempo, mas quando escuto este trabalho vejo que conseguimos agregar as novas experiências e influencias que vem com cada novo membro de uma forma muito positiva, sem alterar drasticamente nosso estilo, acredito que só mesmo veio a somar.
5-Vcs seguem fazendo o Thrash Metal tradicional dos anos 80 e 90, como anda o publico para esse estilo?
R: Definitivamente não é estilo do momento hehehe...Não nos prendemos a modismos ou ao gosto das massas, muito pelo contrario espero que o Soul Factor continue a cada dia mais próximo de suas raízes, mas por incrível que seja temos também um publico bem jovem, esta semana mesmo conheci uma pessoa que me falou que curte muito nosso som, mas só mesmo veio a conhecer a banda pelo nosso ultimo CD, mas a maior parte de nosso publico é mesmo formada por pessoas que já acompanham a banda desde o inicio.
6-Como foi trabalhar com a Salmus em 2000 pelo fato de ser uma empresa que trabalhava 90% dos seus artistas na linha de louvor?
R: Quando assinamos com a Salmus as únicas bandas de rock que estavam na gravadora eram Metal Nobre e Pontocom, depois vieram Skymetal, Arcanjo, Fruto Sagrado, Oil, King James e etc...Os 2 primeiros anos de contrato foi ok! Tivemos toda liberdade para compor e criar sem nenhuma intervenção e cumpriram 100% do que foi prometido, após a gravação do Timeline a gravadora teve problemas financeiros e não pode cumprir o restante do contrato que era de 5 anos, ou seja um CD por ano, esperamos algum tempo mas não tiveram mesmo como retomar as atividades 100%, com isto deixamos de gravar mais 3 CDs que deveriam sair pela Salmus.
7-Como surgiu à parceria com a Conspiracy?
R: Quando conheci Carlos Alberto Monteiro ainda não existia a Conpiracy, ele entrou em contato e fechou um show com o Soul Factor em Barreiras BA. Após o show tivemos um tempo para conversar, ele me falou que tinha vontade no coração de manter uma gravadora que o pai dele já trampou com isto e tals...Colocamos isto em oração e após algum tempo ele nos ligou e falou que estava colocando tudo em prática. Nos encontramos muitas outras vezes até assinamos um contrato com a Conspiracy e que nos rendeu Resurgence Of Chaos. Tem sido bem tranquilo trabalhar com o Carlos, apesar dele não ter muito tempo livre, mas estamos sempre nos falando, e todas nossas exigências foram atendidas como produtor e estúdio de nossa escolha, também o design que trabalhou na arte e divulgação do novo trabalho, a Conspiracy nos deu total liberdade para trabalhar, por isto digo que este novo CD está 100% nossa cara.
8-O Soul fator já dividiu palco com grandes nomes internacionais e tocou por várias localidades brasileiras ao longo de sua trajetória. Qual sua impressão sobre o underground dos anos 2000 e o de agora? Alguma grande diferença entre o público de hoje com o de anos atrás?
R: Infelizmente a cena já não é a mesma, em muitos lugares do país ficou bem mais difícil trabalhar com o underground, a cena metal já foi bem mais forte, a verdade é que a nova geração ainda está engatinhando quanto a eventos, não é como no meu tempo em que tínhamos consciência de ir a shows de rock e comprar Cds e camisas de bandas para que a cena permanecesse forte, hoje o cara reclama do preço do ingresso, do local do show e prefere baixar um CD do que ter um material original...Espero mesmo que este pensamento mude por que desta forma os eventos de rock tendem a diminuir, e a cultura de nosso país vai mesmo por água abaixo.
9-Quais os shows ou festivais que mais marcaram a trajetória da banda?
R: Foram muitos, é sempre fantástico tocar para verdadeiros headbangers que valorizam seu trabalho...Mas poderia citar alguns que nunca me esquecerei, Porão do Rock 2012 foi sinistro tocamos no Palco da banda Trivium e Claustrofobia, uma grande estrutura e organização, tocar com Figure Four também no Metanioa Fest em Vitória ES. (não me lembro bem o ano) foi mito legal...Metanoia Fest 2008 também foi animal...Lotado e a galera agitando muuito!!!Tocar com o Bride no SOS da vida em 2001 não dá para esquecer tinha gente até não dar para ver mais hehehe...E não dá para citar todos, mas neste tempo todo de banda foi muito legal conhecer tantas pessoas que gostam da banda e também poder tocar com bandas que sou fã como Whitecross, P.O.D, Bride e etc...
10-Quais os planos de divulgação para esse disco? Tem previsão ou planos para lançar no exterior?
R: A divulgação deste novo trabalho é mesmo algo que tem me preocupado, por enquanto estamos contando com sites e revistas da cena nacional e internacional que tem nos dado todo apoio, mas tenho conversado com a Conspiracy sobre divulgarmos em outros veículos também para ampliarmos o alcance deste trabalho, no exterior a Conspiracy tem outro selo que vai distribuir por lá.
11-Planos para turnês e shows fora do Brasil?
R: Sempre estamos em contato com a galera lá fora sobre uma turnê fora do País, este ano estávamos fechando alguns shows, mas não pudemos concluir isto por causa de nossos trabalhos seculares, a turnê só iria compensar se ficássemos bastante tempo, para fazer poucos shows não seria viável para a galera que iria nos levar, bom estamos estudando uma forma de tirarmos férias todos na mesma data em 2014 para realizarmos este feito que ainda é inédito para nós de levarmos nosso show a outros Países.
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